24 de maio de 2013

E depois não querem ter fama de nerds.

Uma noite de literatura entre as 18h30 e as 22h30?
E no fim bebe toda a gente um leite morninho, não?

Ou a boémia literária já não é mesmo nada do que era ou então a organização deste evento só conhece os hábitos nocturnos de escritores betinhos. O Mário Zambujal deve estar de coração partido.

(Eu vou na mesma. E levo pantufas.)

13 de maio de 2013

Síndrome Júlio Isidro


Padeço de complexo hipster com o Sandro William Junqueira.
Ou síndrome Júlio Isidro, que é assim mais popular e menos armado em bom.

Fico egoísta e vaidosa quando o assunto é Um Piano Para Cavalos Altos. Sempre que alguém o lê, sopro enjoada um "só agora?", naquela soberba do eu-já-curto-esta-banda-desde-o-primeiro-EP. Quando alguém não o leu, rio-me naquele tom "não percebes nada disto". Quando alguém leu e não gostou, ui.

É injusto para o Sandro, que o livro é dele. É uma atitude de merda, e com isso posso eu bem. Mas o resultado é que voto nele sempre que me pedem um voto para alguma coisa, nem que seja para administrador do prédio. Ainda bem que não há legislativas em breve, que odeio votos nulos. Lembro-me de ter pedido ao Mia Couto, na Feira do Livro, para manipular os fãs dele e empurrá-los para a fila do Sandro (mas espero que isto seja apenas uma falsa memória ou um delírio provocado pelas farturas Otário). E agora ele está numa lista de 60 finalistas de romance para o Prémio Portugal Telecom de Literatura onde só o periquito é que ficou de fora, mas eu estou tão feliz como se fosse o anúncio de um Nobel.